Você sabe qual é o tipo de bilinguismo do seu filho? Afinal, nem todo bilinguismo é igual! A forma como aprendemos uma segunda língua impacta o cérebro de maneiras diferentes. Crianças que falam e escrevem ativamente em dois idiomas desenvolvem vantagens cognitivas significativas, como melhora no foco, raciocínio, flexibilidade e muito mais!
Você sabia que existem vários tipos de bilíngues e que seus cérebros funcionam de modos diferentes?
Já notou que há diferenças entre o seu bilinguismo e o do seu filho?
Estudos em Neurociência têm mostrado que o modo como adquirimos a segunda língua (cedo ou tarde, imersos ou não, aprendendo a língua ou aprendendo na língua etc.) afeta a estrutura e as funções cerebrais, podendo trazer vantagens cognitivas. Geralmente, escolhemos uma educação bilíngue porque os filhos “são do mundo”, pela adaptação ao mercado de trabalho, por um futuro de oportunidades ou pelas vantagens sociais e culturais. Mas isso é pouco, muito pouco, perto do que esse tipo de educação, corretamente aplicado, pode oferecer.
Na Psicolinguística (área de estudo da Neurociência), observamos que falar duas ou mais línguas fortalece as Funções Executivas, ou seja, um conjunto de funções cerebrais que envolvem: raciocínio, tomada de decisões, resolução de problemas, controle do próprio comportamento, adaptação a regras, capacidade de manter o foco e flexibilidade para alternar entre diferentes tarefas.
Além disso, sabe-se que bilíngues, no envelhecimento, mantêm Funções Cognitivas preservadas por 5 anos a mais que monolíngues. Isso significa que: bilinguismo importa!
Mas de que bilíngue falamos? Você se encaixa? Ou melhor, o seu filho segue o padrão adequado?
Nos estudos neurocientíficos, as vantagens descritas acima são observadas em indivíduos que PRODUZEM (falam e escrevem) em ambas as línguas e não são apenas RECEPTORES (leem e ouvem), em bilíngues que ALTERNAM entre as línguas no seu dia a dia, pessoas que estão IMERSAS em ambos os contextos e que, de preferência, comecem a praticar o mais cedo possível.
Como Neurocientista, observo nos métodos e nas práticas da PlayPen um esforço embasado em ciência para que as crianças conquistem um bilinguismo que se beneficie dessas conquistas cognitivas sem esquecer das aquisições emocionais e sociais (FUNÇÕES EXECUTIVAS QUENTES).
Não sabe o que são Funções Executivas Quentes? Não tem problema, podemos falar sobre isso outro dia.
Abraços neurocientíficos,
Elaine Torresi